“Se deus te assinalou, algum defeito
te encontrou”
A frase motivacional que moldou a
minha existência. Soa a um mero trocadilho amoroso quando proferido com olhos
carinhosos e num tom de voz terno de uma avó alentejana. Com 5 anos era um
pinhão com olhos que gostava de tudo o que rimava, sem desejo de indagar o porquê
detrás de deus ter embicado comigo e muito menos, sendo o criador, decidir usar-me
como rascunho.
Divindades à parte, culpo inteiramente
os meus progenitores por tamanha incapacidade de decidirem uma cor de pele e se
terem centrado nela, durante o meu fabrico. Está para nascer o dia em que a
minha mãe se decida entre uma cor e não compre toda uma colecção, em todos os
tons existentes (sejam camisolas ou tinta de parede). Como ter um filho de cada
cor seria uma carga de trabalho, cá estou eu, este dálmata que não sabe truques. Dirão vocês, terá leves sardas
colocadas harmoniosamente por baixo dos olhos, exagerada! Não. Sou aquele jogo
de juntar os pontos, sem interesse algum, não apropriado para os vossos filhos,
do qual vocês vão desistir antes de chegar ao sinal que tenho debaixo da unha.
Anos a ponderar em que
significariam tantos sinais. Tenho consciência da minha incapacidade de fechar
casacos de fecho-éclair sem ficar sua prisioneira. Não sei respirar (o pior super-poder alguma vez visto), falo depressa para conseguir gerir informação entre "arfanços",
senão morro e terei direito à lápide mais depressiva de sempre: “morreu porque
se esqueceu de inspirar”. Não achei o filme Parasite a última coca-cola do
deserto. Consigo pensar em mais uns quantos, mas não me dá para tanto.
Concluo deste modo, que nem todos os trocadilhos e frases feitas têm sentido. Já devia ter suspeitado, afinal de contas a minha avó também repetia incessantemente, “7 e 7 são 14, com mais 7, 21. Tenho 7 namorados e não gosto de nenhum” e a senhora tinha uma agenda cheia, não tinha cá tempo para tamanha rebaldaria.
Sinais também tenho alguns, sobretudo, nas costas. Já respirar, até ao momento, nunca senti grande dificuldade. Mas com a quantidade de vídeos que há no youtube, de certeza que encontras algum tutorial que te ajude :p ahah
ResponderEliminarAi filha não sabes a sorte que tens, isto do respirar é uma dor de cabeça...vou procurar tutoriais a ver se tenho sorte xD
EliminarUm texto muito bom! Esse mito já o conhecia, e concordo!!
ResponderEliminar**
O sonho do tempo que me resta....
Beijo e um excelente fim de tarde! :)
Obrigado =D
Eliminar:) este texto fez-me recordar que diziam algo parecido a uma das minhas irmãs porque tinha uma covinha como o meu pai e eu achava o máximo que o tivessem
ResponderEliminarum beijinho e uma boa noite
Eu em pequena tinha uma covinha só, foi-se com o tempo, era a minha cova da piedade xD
EliminarBeijinhos!!
Já chorei a rir,lembro me bem desse ditado, fez parte da minha infancia também
ResponderEliminarEu a pensar que era só a minha avó com esta =P
EliminarA minha avó também dizia essa ladainha muitas vezes
ResponderEliminarEstas avós vieram todas da mesma fábrica está visto =P
EliminarOlha, já não me lembrava desse ditado... mas pensando bem, Deus deve estar a descobrir-me defeitos a esta altura do campeonato, pois têm-me aparecido (imensos) sinais nos últimos anos.
ResponderEliminarEu deixei de contar os meus, já não sei quais são novos ou não xD
EliminarUm beijinho!
A sabedoria popular está cheia de pérolas!
ResponderEliminarNão será por acaso que os dizeres duram até hoje!
:)
É uma pena que as novas gerações já não os usam, compreendo, muitos deles já eram obsoletos, mas são giríssimos de recordar!
EliminarUm abracinho!