“E vocês, para quando?”
A pergunta
que todas as mulheres grávidas projectam, como uma bola de ténis, à cana do
nariz das amigas que estão em relações longas, mas ainda não decidiram reproduzir os seus
genes duvidosos. A dádiva da vida é algo fabuloso. Também fabuloso, é que mais
futuras mães não levem cabeçadas quando proclamam esta pergunta com um tom
carregado de julgamento.
Casa comprada, marido imaculado,
emprego de sonho. Os objectivos base que, enquanto crianças, estabelecemos como
garantidos antes aos 23 anos de idade, quanto muito. Vemos as princesas da
Disney a amanharem-se com homens com património imobiliário (um fabuloso
castelo, ou no caso do Simba, “tudo o que a luz alcança”, hoje em dia as
imobiliárias já não medem as coisas assim, é uma pena), isto, antes dos 18 anos de
idade e, no benefício da dúvida, proporcionamo-nos mais cinco anos, não vá a
puberdade ser mais lenta que desejado. Soubesse a pequena Eu de dez anos de idade, que
passaria dos trinta e ainda estaria a patinar em maionese existencial, teria tentado
trepar de regresso ao conforto do útero da minha mãe.
As minhas amigas já vão pelo segundo e
terceiro petiz, dando-se ao luxo de arruinar a vida de ao menos um deles com um
nome que lhe vai proporcionar uma carga de porrada diária desde a creche. O
nascimento de um novo ser é um milagre. Deposito toda a minha fé nas
capacidades reprodutoras dos demais, para criar gerações que não estejam
repletas de fedelhos mal-educados, mas eu acho que o meu relógio biológico veio
sem pilha de fábrica. Eu assassino um cacto em menos de uma semana, seria
imprudente procriar. Estou quanto muito a zelar pelo bem-estar dos vossos
futuros filhos, porque filho meu aos 3 anos já saberia usar nunchucks
melhor que o Bruce Lee.
Não nos prendamos aos cânones impostos pela sociedade, desfrutem das vossas decisões e sejam plenamente felizes com elas, independentemente, do que as pessoas que vos rodeiam estão a fazer. O vestido rodado da Cátia Vanessa não tem porque vos ficar bem, nem tão pouco a sua vida.
Távaver que ainda não tinhas escrito nada... ;))
ResponderEliminarPois acho que tens toda a razão. Que sejam felizes com pilha ou sem ela. Cá para os meus lados o relógio atrasou durante muito tempo. E, quando chegou (se chegou) não acreditei muito nele. Também, só trabalhou durante uma gestação e a seguir, deitei-o fora. Foi o melhor que fiz! :D
Nada a apresentar-se ao serviço, comandante!! =D
EliminarHá relógios que tocam em alturas diferentes e outros que nunca o fazem. O importante é que cada um seja feliz com o rumo que a sua vida tomou, é curta demais para não sermos felizes. Felizmente hoje em dia há várias alternativas para relógios sem pilha em donas com vontade =).
Boa semaninha!
Cada sabe de si, e assim deve ser. O resto é conversa fiada.
ResponderEliminarBoa tarde. :-)
Muito bem dito!
EliminarUma mulher ser mãe é como carregar num interruptor e acender-se a luz. Não acender...pode ser uma opção - lâmpada mal enroscada - como também pode ser uma ligação fraca, ) lol)
ResponderEliminarClaro que cada pessoa decide por si. Mas haverá num casal coisa mal linda que o sorriso de uma criança?
Pense melhor...
.
Cumprimentos
Mas aqui ninguém julga a beleza do sorriso de uma criança...são uma preciosidade! Mas há muita beleza no mundo e nem todos vemos a vida com os mesmos olhos ;)
EliminarUm bom fim de semana!
O pior é que normalmente quem tem essa "avaria" acabam por ser os melhores pais quando acabam por decidir tal. Independendemente das decisoes mais um alto texto a espetar o dedinho nas chamadas tradições/obrigações sociais. Interessa mesmo é ser feliz.
ResponderEliminarSem duvida, muitas vezes as expectativas e o sonho de anos de ser mãe por vezes é um pau de dois bicos. A maternidade é coisa dura e nem sempre são flores como nos nossos sonhos =P
EliminarMas ora ai está...o que interessa é ser feliz!!
Isto de as pessoas acharem que temos que seguir todos o mesmo caminho, na mesma altura, dá-me comichões!
ResponderEliminarToda eu sou urticaria...
EliminarAcredita que quando me pediram para ser padrinho do meu afilhado quis saber primeiro o nome?
ResponderEliminarFernando Luís.
Está bem.
Se fosse um Márcio, ou coisa no género, não aceitava.
Ora prova de sensatez caro Pedro!! Sobrinho meu que tenha um nome decente, senão não há pão para malucos...
EliminarE tu já viste o problema que era um divórcio com tudo o que a vista alcança?
ResponderEliminarAlguém tinha de ficar cego ou miope para haver divisão de bens!
Ah! Espera. A Disney esqueceu-se de contar essa parte depois do viveram felizes para sempre, quando o sempre é uma meia dúzia de anos.
Por isso é que ficavam "felizes para sempre" pela trabalheira que dava divorciar xD
EliminarCom castelos tão grandes seguramente conseguiam viver juntos sem se verem durante anos e assim fazer render o peixe um pouco mais =P
Sempre duvidei das peças "one size fits all"... não cabem não, porque há sempre alguém que tem outras formas e isso não é mau. É só diferente, mas muita gente não tem / não consegue ter um horizonte tão amplo.
ResponderEliminarÉ um facto...não cabem!! Literalmente!
EliminarSão tempos modernos com pensamentos antigos.
Ai, isto irrita-me muito, juro! Por que raio é que as pessoas continuam a achar que há uma idade certa para casar ou para ter filhos? As vidas são diferentes, as pessoas são diferentes e pronto, tá tudo bem na mesma.
ResponderEliminarA minha avó às vezes é uma dessas pessoas "ai da tua idade já tinha 3 filhos" - eh pá, quéqeu tenho a ver com isso?
Tenho 24 anos e há uns anos também eu achava que iria casar lá para os 25 (entretanto faltam 6 meses para os fazer e não vai acontecer ahahah). Por isso, nem digo mais nada que este é um assunto sensível :D
Eu acho que a minha família já desistiu do comentário...a minha cara de "não tenho um filho planeado, mas para já vos disse que o Vietnam é lindo?", normalmente acaba a conversa xD.
EliminarAinda tens 6 meses para entrar num reality show daqueles carregados de qualidade e encontrar o amor da tua vida!! HÁ TEMPO MARY!! ahaha xD
Quando namorava com o meu marido, perguntavam-me quando casava.
ResponderEliminarCasei. A pergunta seguinte, quando é que tinha um filho.
Tive uma filha. Pergunta seguinte, quando é que lhe dava um irmão ou irmã.
Dei-lhe uma irmã.
Agora estou à espera da pergunta de quando serei avó.
Ó gente, sem uma vida.
Haverá sempre a pergunta de "para quando", quer queiramos quer não xD
EliminarTu tens cumprido com tudo..já te podiam deixar descansar um bocadinho antes de ser avó =)
Não diria melhor! Da nossa vida ainda cuidamos nós :)
ResponderEliminarComeçar a afastar as pessoas com um pau...isto da quarentena não me está a ajudar xD
EliminarMuito bem dito ou escrito e adorei o cartoon
ResponderEliminarQuando encontrei o cartoon foi o jackpot xD
EliminarAcho que o pior é quando somos nós próprias a colocar estas limitações ou obrigações em nós.
ResponderEliminarTenho uma prima que há +5 anos diz que vai ficar para tia, que nunca terá filhos porque já é "velha". Tem 33 anos … Ainda nem 30 tinha e já andava com estas coisas. Irrita-me.
Se ela não quisesse ser era uma coisa mas ela quer ter filhos (e ainda vai muiiiiitoooo a tempo).
Depois sou um bocadinho bipolar porque passo a vida a dizer a algumas amigas para não terem filhos. Principalmente nos dias em que os meus só fazem asneiras e eu tenho outro desastre para partilhar ou quando ando a bater com a cabeça nas paredes por não dormir uma noite seguida há uma "década" :P
Sem dúvida...é ridículo usar a sociedade para camuflar a nossa própria opinião. Como com 33 anos já é velha? Não é que a taxa de mortalidade esteja nos 35 anos...já lá vai o tempo xD
EliminarCompreendo a tua bipolaridade, é normal...deve haver momentos que só deve realmente apetecer dar cabeçadas na parede...masss já que os tiveste agora aproveita bem, que depois vais ter saudades e se os educares bem eles não vão ficar a viver no teu sofá até aos 50 anos...e potencialmente podem ficar ricos e comprar-te uma casa nas Bahamas (sentido maternal empreendedor xD)
é muito relativo e varia de pessoa para pessoa. Há pessoas que se realizam com um marido e serem uma espécie de "girassol" com ele, abdicando de vida própria. Outras pessoas trabalham para poder viajar e apenas querem ter filhos para tarde, etc, etc. O importante é ser feliz à sua maneira e não viver em função da pressão social. xD
ResponderEliminarNão podia concordar mais =)...cada macaco no seu galho, já dizia o outro =P
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